Amor platônico
é uma expressão usada para designar um amor
ideal, alheio a interesses ou gozos. Um sentido popular pode ser o de um amor impossível de se realizar,
um amor perfeito, ideal,
puro, casto.
Trata-se, contudo, de uma má
interpretação da filosofia de Platão,
quando vincula o atributo "platônico" ao sentido de algo existente
apenas no plano das ideias. Porque Ideia em Platão não é uma cogitação da razão
ou da fantasia humana. É a realidade essencial.
O mundo da matéria seria apenas uma sombra que lembraria a luz da verdade
essencial.
A expressão amor platônico é uma interpretação equivocada do
conceito de Amor na filosofia
de Platão. O amor em Platão é falta. Ou seja, o amante busca no amado a
Ideia - verdade essencial - que não possui. Nisto supre a falta e se torna
pleno, de modo dialético, recíproco.
Em contraposição ao conceito de
Amor na filosofia de Platão está o conceito de paixão. A paixão seria o desejo
voltado exclusivamente para o mundo das sombras, abandonando-se a busca da
realidade essencial. O amor
em Platão não condena o sexo, ou as coisas da vida material.
Na obra Simpósio (de Platão), há uma passagem sobre o
significado do amor. Sócrates
é o mais importante dentre os homens presentes. Ele diz que na juventude foi
iniciado na filosofia do amor
por Diotima de Mantinea, que era
uma sacerdotisa. Diotima lhe ensinou a genealogia do amor e por isso as ideias de
Diotima estão na origem do conceito socrático-platônico do amor. Segundo Joseph,
"não é por acaso que Sócrates nomeia Diotima como aquela que lhe deu as
instruções e os métodos mais significativos para amar/falar. A palavra falada
por amor é uma palavra que vem das origens “
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